Jornal Regional

Gildo Alves

Cornélio Procópio - PR

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Atualizado em 19-06-2019 às 15:12:28

Médico procopense é bicampeão paralímpico


Cornélio Procópio - Quando o assunto é esporte paralímpico, a hegemonia do futebol de 5 é brasileira. Exclusivo para deficientes visuais, a modalidade entrou no calendário da competição em Atenas 2004 e, desde então, em três edições, só o Brasil foi medalhista de ouro. Além disso, o País é referência na modalidade, conquistando todos os títulos internacionais desde 2007. Dessa equipe vencedora faz parte um profissional de Cornélio Procópio. O ortopedista e traumatologista procopense Lucas Leite Ribeiro, radicado em São Paulo, é médico da seleção há mais de cinco anos.

Ribeiro é um dos chefes de Ortopedia do Hospital São Luís, na capital paulista. Foi lá que conheceu o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, e o subchefe de Missão da CPB, Jonas Freire. "Na época, estavam sem médico na seleção brasileira de futebol de cegos e me ofereceram o cargo. Começou o casamento. Escutei ‘se experimentar o esporte adaptado ficará viciado’ e acertaram em cheio", conta, em entrevista à FOLHA.

No Rio, com a seleção de 5 foi bicampeão olímpico. A primeira conquista foi em Londres há quatro anos. Foi campeão ainda em dois grandes eventos mundiais, o Parapan-Americano em Guadalajara (México) e em Toronto (Canadá). Além do trabalho na equipe, ele tem outras atividades. "Acompanho no meu consultório vários atletas profissionais ou não com diversas deficiências e ainda todos os atletas da Associação de Pais, Amigos de Deficientes Visuais de São Bernardo do Campo (SP), que praticam diversas modalidades", relata.

Para o médico, cada campeonato foi marcante, como a de Guadalajara, quando tinha apenas quatro meses de seleção. "Ver o Brasil ganhar e passar aqueles dias com toda delegação foi realmente muito emocionante." Porém, o destaque fica por conta da Paralimpíada do Rio. "Nós do futebol de 5 estávamos há nove anos sem perder campeonatos. Jogar em casa, com a arena lotada, mídia, pressão...", lembra. "Ganhamos a medalha e subir ao pódio e ouvir o hino nacional é sempre emocionante. Mas hoje, já mais rodado no meio adaptado (paralímpico), garanto que ganho muito mais que ofereço."

 



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